27 de agosto de 2011

Crítica: Planeta dos Macacos: A Origem - Lucas Kurz


Sinopse: San Francisco. Will Rodman (James Franco) é um cientista que trabalha em um laboratório onde são realizadas experiências com macacos. Ele está interessado em descobrir novos medicamentos para a cura do mal de Alzheimer, já que seu pai, Charles (John Lithgow), sofre da doença. Após um dos macacos escapar e provocar vários estragos, sua pesquisa é cancelada. Will não desiste e leva para casa algumas amostras do medicamento, aplicando-as no próprio pai, e também um filhote de macaco de uma das cobaias do laboratório. Logo Charles não apenas se recupera como tem a memória melhorada, graças ao medicamento. Já o filhote, que recebe o nome de César, demonstra ter inteligência fora do comum, já que recebeu geneticamente os medicamentos aplicados na mãe. O trio leva uma vida tranquila, até que, anos mais tarde, o remédio para de funcionar em Charles e, em uma tentativa de defendê-lo, César ataca um vizinho. O macaco é então engaiolado, onde passa a ter contato com outros símios e, cada vez mais, se revolta com a situação.


Assistir a filmes cheios de efeitos especiais e criaturas criadas quase cem por cento digitalmente já não é mais tão inédito e fantástico para os espectadores. É notada, porém, uma constante evolução nessas produções, efeitos cada vez mais convincentes, criaturas cada vez mais expressivas e que enganam o espectador, tornam sua "inexistência" cada vez mais ignorada.

Planeta dos Macacos: A Origem é um bom exemplo dessa evolução, o personagem principal, César, um chimpanzé geneticamente modificado, toma para si a atenção de quem assiste, e deixa os personagens humanos de coadjuvantes. Um deles é James Franco, que entrega um interpretação razoável, seu personagem sofre, apenas. John Lithgow surpreende e faz um ótimo trabalho como vítima do Mal de Alzheimer, uma ótima interação com César. De qualquer forma, ninguém supera Andy Serkis, que já interpretou o Kong de King Kong e o Gollum de O Senhor dos Anéis, e se mostra experiente nesse tipo de interpretação, seu currículo obviamente influenciou na escolha, e ele faz um excelente trabalho.


Com o parcial fracasso da refilmagem de Tim Burton do longa, as expectativas para esse ...A Origem não eram lá muito animadoras, o filme não é excelente, tem vários pontos cegos na trama e as vezes ultrapassa os limites do bom senso no que diz respeito a possibilidades, como por exemplo a cena em que o chimpanzé Cesar cavalga; faz sentido tendo em vista a evolução dos chimpanzés, porém chega a ser um tanto perturbador e surreal.

Falando em pertubador, o filme faz bom uso dessa sensação, temos chimpanzés que se expressam mais do que "deveriam", mostra o quanto é chocante para o ser humano um comportamento semelhante por parte de um animal considerado (talvez injustamente) irracional.


O filme é bem visual, os chimpanzés não falam até então, logo é preciso que a história seja explicada dessa forma, e não peca quanto a isso, filmes com muitas explicações verbais tem sido um tendência muito presente no cinema atual, e que tem cansado os espectadores, já não são mais tão interessantes. O importante é que a história seja bem desenvolvida, faça sentido cientificamente e que aproveite os conhecimentos de seu público para tornar o mais natural possível.


Em sumo, o filme é um boa forma de ilustrar as ideias de O Planeta dos Macacos, no meu ponto de vista não é um filme realmente bom, mas se comparado com as outras produções da série ele pode ser considerado um dos melhores, senão o melhor.

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