15 de maio de 2011

Crítica: Padre - Lucas Kurz


Sinopse: Padre, um thriller de ficção científica pós-apocalíptico, se passa num mundo alternativo – Um mundo devastado por uma guerra centenária entre homens e vampiros. A história gira em torno do lendário guerreiro Padre (Paul Bettany) que desde a última guerra vive na obscuridade junto com outros humanos oprimidos em cidades cercadas por paredes e governada pela igreja. Quando sua sobrinha (Lily Collins) é sequestrada por um bando de vampiros assassinos, Padre quebra seus votos sagrados para iniciar uma busca obsessiva para encontrá-la antes que eles a transformem em um deles. Juntam-se a ele nesta cruzada o namorado de sua sobrinha (Cam Gigandet), um jovem xerife e uma antiga guerreira (Maggie Q) que possui habilidades de luta de outro mundo.





Com tantos filmes bons estreando ultimamente, Padre não se destaca muito. Apesar de ter uma ótima ideia principal, conceitos bem formulados, ideias bem desenvolvidas, não surpreende na forma como a trama se desenrola.


O filme conta a história de um padre (Paul Bettany) que, em uma sociedade extremamente obediente à vontade da Igreja, se vê obrigado a renunciar seu voto para salvar uma parente, e, para isso, é forçado a enfrentar legiões de vampiros sedentos.




Os padres são poderosos guerreiros que, diferente das outras pessoas, são capazes de eliminar os vampiros, que são seres extremamente fortes.


O filme possui uma trilha sonora bem colocada, de forma que as vezes ajuda no entendimento do contexto do filme, e ajuda a passar a ideia proposta do diretor sobre os cenários, e deixa as cenas de ação no mínimo empolgantes, com a ajuda, é claro, da fotografia e os efeitos especiais.


Os cenários, aliás, são deveras criativos, e mostram que foi necessário muito estudo e observação para passar a mensagem proposta, que é mostrar uma sociedade completamente diferente da qual vivemos, e como ela seria se a religião fosse tão influente, e também abusa de efeitos visuais na construção dos cenários e nas cenas de luta, com um 3D de ótima qualidade.


Os atores, que não são muito conhecidos, desempenham seus papéis de forma positivamente normal, em um filme que lembra em vários aspectos o famoso Resident Evil, de 2002.


Apesar de ter uma ideia principal bem desenvolvida, Padre apresenta personagens rasos, sem aprofundamento psicológico; na verdade o descaso é tanto que eu, particularmente, não lembro de ter ouvido sequer uma vez o nome do tal Padre, que é mencionado sempre apenas como Padre, e além disso apresenta algumas incoerências no roteiro, de forma que muitas citações não são explicadas no desenrolar do filme.




Padre traz consigo uma história sobre a luta pessoal do Padre contra os vampiros e a busca por sua sobrinha, mas também traz, de forma crítica, uma reflexão sobre a influência da Igreja na sociedade, que mostra como o abuso de poder da Igreja poderia exercer um controle indesejável sobre as pessoas.

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