26 de abril de 2011

Crítica: Sobrenatural – Lucas Kurz


Sinopse: A família Lambert, formada por Josh (Patrick Wilson), Renai (Rose Byrne) e os filhos Dalton (Ty Simpkins) e Foster (Andrew Astor), acaba de se mudar. Logo uma das crianças entra em coma de forma inexplicável, o que faz com que os pais descubram que a nova casa abriga um espírito do mal. Eles logo se mudam, mas rapidamente percebem que não era a casa que estava mal assombrada.


Sobrenatural busca explorar o espiritualismo e as manifestações espirituais em nosso mundo. Os idealizadores do filme são os mesmos de Jogos Mortais, e trazem para o filme características não só de suas obras anteriores, mas referências à vários outros filme como Poltergeist e A Hora do Espanto, e várias semelhanças com todos os Atividade Paranormal, como por exemplo os ângulos dos cômodos da casa.

No início, temos uma tentativa de aproximar o espectador à família retratada, a fim de fazer o inevitável drama que está por vir alcançar o público e para que o público se ponha no lugar dos personagens, tornando a ligação público/personagem muito mais estreita.


Depois dos acontecimentos iniciais, o filme toma um rumo um tanto inovador, se o pensarmos como produto do cenário cinematográfico atual, uma vez que a trama começa a mudar de foco constantemente e há espíritos aparecendo a todo instante, ultrapassando os limites da sugestão e fazendo da espiritualidade algo quase tátil de tão mensurável; não que isso seja bom, mas não se pode negar que é, de certa forma, inovador.

O filme está cheio de sustos inevitáveis, e não satisfeito em assustar seu público enche suas mentes com imagens macabras, embaladas por uma sonoplastia igualmente macabra, e consegue alcançar seu objetivo ao que concerne manter o público tenso durante boa parte do longa.

Porém, o filme falha justamente em perder várias vezes seu objetivo principal, que é constantemente substituído por outro.


Nas partes finais do filme, porém, o suspense meticulosamente construído na primeira metade é completamente desfeito, com lutas fantasiosas e, nesse ponto, as aparições já não são grande coisa, de tanto que já apareceram, e tudo se torna uma comédia, ou, para alguns, torna-se tudo muito ridículo.

Sobrenatural começa bem, com suas características excêntricas e seus elementos de filme independente, mas a tentativa de trash no filme é exagerada e é forçada, e acaba sendo uma ofensa aos filmes que toma como referência. 

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