22 de fevereiro de 2011

Crítica: 127 Horas - Lucas Kurz


127 Horas (127 Hours, 2010)
Diretor: Danny Boyle

Sinopse:  Em maio de 2003, o alpinista Aron Ralston (James Franco) fazia mais uma escalada nas montanhas de Utah, Estados Unidos, quando acabou ficando com seu braço preso em uma fenda. Sua luta pela sobrevivência durante mais de cinco dias (durou 127 horas) foi marcada por memórias e momentos de muita tensão, relatados em um livro. Baseado em fatos reais.


Com muitos méritos e muitos deslizes, 127 Horas provavelmente não será um filme muito recomendado entre amigos, sobretudo não deve se dizer que é um mal filme. É mais um dos vários filmes em que alguém é confinado e obrigado a sobreviver, sozinho, com o que trás consigo e o que o cenário lhe oferece. Recheado de críticas ao consumismo, materialismo, superficialismo, 127 Horas nos ensina (como vários outros filmes do gênero) o valor das pequenas coisas, ou grandes coisas que não damos o devido valor.


 Com muitas cenas de tensão, com falta de água, claustrofobia, o filme incomoda quem assiste, e consegue com grande eficácia (coisa não muito vista ultimamente) transmitir as sensações do personagem ao espectador. Eu como espectador refleti a respeito dessas coisas que não damos o valor merecido e sobre comoa sociedade é imediatista, esquecendo das providências que devem ser tomadas para evitar acidentes a longo prazo; a agonia é tanta que me senti obrigado a parar o filme e beber água, e esse é um dos méritos do filme, assim como as cenas que nos deixam impactados pelos problemas vividos pelo personagem, momentos alucinados.


Como um filme de confinamento, este não conseguiu driblar bem o temido tédio que filmes do tipo costumam causar, alguns momentos chegam a ser completamente desnecessários tanto para o desenvolvimento da história quanto para detalhes puramente técnicos, caracterizando um deslize técnico. Outro mérito é a fotografia do filme, a forma como coisas supostamente de pouca importância no cotidiano são exibidas, apesar de ter deixado alguns acontecimentos futuros mais que previsíveis, faz do filme uma obra no mínimo decente.

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